A Hepatologia

  • O QUE FAZ O HEPATOLOGISTA?

​O Hepatologista é o médico que cuida das doenças do fígado. As principais doenças do fígado são: hepatites virais (A, B, C,…). hepatites não virais, cirrose, doença hepática gordurosa (estratose), hepatite alcoólica, hemocromatose hereditária e outras sobrecargas de ferro no fígado, doença de Wilson, hepatite medicamentosa, hepatite auto-imune, hepatopatia congestiva, deficiência de alfa-1-anti-tripsina, trombose de veia porta, hipertensão portal, varizes de esôfago, ascite, síndrome hepato-renal, síndrome hepato-pulmonar, transplante de fígado, etc.

  • HEPATITE C TEM CURA?

Até alguns anos atrás, o tratamento da hepatite C era feito baseado em dois medicamentos: interferon peguilado e ribavirina. A partir de 2011, novas classes de medicamentos se tornaram disponíveis. A característica destes medicamentos é que agem diretamente no vírus atrapalhando seu processo de multiplicação. Estes medicamentos tem alta potência e na maioria dos cenários são capazes de curar a Hepatite C em mais de 90% dos pacientes.

Uma das principais vantagens destes medicamentos é o tempo curto de tratamento (12 a 24 semanas). Além disso, estes remédios apresentam pouquíssimos efeitos colaterais e podem ser feitos por praticamente todas as pessoas.

  • COMO É FEITA A DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS CONTRA HEPATITE C PELO SUS?

O SUS oferece tratamento gratuito a todos os portadores de hepatite C crônica.

Qualquer médico do sistema público ou privado de saúde pode prescrever os medicamentos.

  • ONDE É POSSÍVEL ENCONTRAR UM CENTRO DE TRANSPLANTE NO RIO?

Atualmente, há os seguintes centros de transplante de fígado no Rio de Janeiro:

  • Hospital Silvestre;
  • Hospital São Francisco da Providência Divina;
  • Hospital Quinta D’Or;
  • Hospital São Lucas;
  • Hospital Copa Star;
  • Hospital Pró-cardíaco;
  • Hospital Samaritano;
  • Complexo Hospitalar de Niterói;
  • Centro de Transplante de Itaperuna

Independente do hospital em que o paciente esteja matriculado, a fila é estadual. Isto é, a alocação dos órgãos é regulado pela fila estadual.

  • EXISTE ALGUM ALIMENTO QUE FAÇA MAL AO FÍGADO?

Não há alimentos específicos que façam mal ao fígado. Em geral, pessoas com hepatites ou problemas hepáticos, como qualquer pessoa, devem ter uma alimentação balanceada e saudável. Legumes, verduras e frutas são sempre opções saudáveis. Alimentos industrializados devem ser consumidos com moderação.

Pessoas com cirrose devem consumir sal em quantidades menores que 5 gramas por dia (ou 2 gramas de sódio por dia). O álcool também deve ser evitado em todos com cirrose.

  • CHÁS E ERVAS CASEIRAS PARA O TRATAMENTO DO FÍGADO

O Brasil é certamente um dos campeões mundiais em consumo de chás e ervas caseiras para o tratamento de doenças. Todavia, o que poucas pessoas sabem é que estas fórmulas não tem nenhum efeito benéfico ao fígado e, além disso, podem fazer muito mal ao corpo. Os chás e ervas estão entre as principais causas de hepatite tóxica no país.

A dica é: Por melhor que seja a boa vontade de quem indicou um chá caseiro, nunca faça uso destas substâncias, pois podem piorar seu problema de saúde.

  • EXERCÍCIOS FÍSICOS E O FÍGADO

Exercícios físicos são indicados para pessoas com doenças hepáticas. Como sempre, para quem não pratica exercícios físicos regularmente, é necessário começar com moderação. Uma avaliação médica é sempre indicada antes de iniciar exercícios físicos com regularidade.

  • O QUE É CONSUMO MODERADO DE ÁLCOOL?

Não há dúvidas de que o consumo excessivo de álcool é prejudicial à saúde. Todavia, o álcool pode ser utilizado em quantidades moderadas sem malefícios à saúde. O  National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA) estima os limites acima dos quais o álcool pode ser prejudicial à saúde:

– Homens: mais do que 4 drinks em um dia ou mais do que 14 drinks por semana em média.

– Mulheres: mais do 3 drinks em um dia ou mais do que 7 drinks por semana.

Um drink é representado por 12 gramas de álcool. Essa quantidade representa uma taça de vinho, uma lata de cerveja ou 50ml de bebidas destiladas.

Todavia, é importante salientar que embora esses valores sejam definidos para a média populacional, é provável que características genéticas individuais possam determinar sensibilidades de algumas pessoas ao álcool.