Nossa história

O começo de tudo – Fatos e nomes pioneiros na Hepatologia Nacional

A história da hepatologia no Rio de Janeiro é rica em personagens e feitos. Já na década de 30 do século passado, o professor Clementino Fraga, considerado por Figueiredo Mendes o patriarca da hepatologia brasileira, lançava o livro “Doenças do Fígado” que mereceu três edições em português e uma em espanhol. Em 1938, José de Paula Lopes Pontes defendia a tese sobre “Valor Semiológico da Urobilinúria”. A década de 40 assistiu aos trabalhos pioneiros de José Rodrigues da Silva e Clementino Fraga Filho, realizando as primeiras biópsias hepáticas no Brasil utilizando as agulhas de Vim-Silverman. Na década seguinte, algumas teses importantes foram apresentadas, como “Hepatite por Vírus” e “Coagulação Sanguínea em Patologia Hepática” (Clementino Fraga Filho) e “Estudos sobre a Hipertensão Portal” (J. A. Lopes Pontes). Em 1958, Jorge de Castro Barbosa realizava a primeira cirurgia de anastomose esplenorrenal proximal na Santa Casa do Rio de Janeiro, um procedimento que se tornou frequente devido ao grande fluxo de esquistossomose hepatoesplênica nas décadas seguintes. O cirurgião Pedro Abdalla foi nome destacado nesse período, com volumosa contribuição à cirurgia da hipertensão porta no HGSE e no HGB. No final da década de 50 e nos anos 60, despontaram importantes trabalhos do grupo reunido em torno de Clementino Fraga Filho. A. L. Boavista Nery fez tese de docência sobre transaminases; Isaac Vaisman sobre fígado e diabetes; J. A. Faustino Porto sobre hipogonadismo em hepatopatias. Em 1961, Jorge de Alckmin Toledo apresentava “Auto-agressão em Hepatopatias”, o primeiro de uma série de trabalhos voltados para os aspectos imunológicos da doença hepática, em colaboração com o imunologista A. Oliveira Lima.

Paralelamente a essas atividades, Thomaz de Figueiredo Mendes fundava em 1967, no Rio de Janeiro, a Sociedade Brasileira de Hepatologia, realizando seu primeiro congresso em Caxambu (1969). Na década seguinte era lançada a Moderna Hepatologia (1972), de trajetória vitoriosa por muitos anos. Em 1974 era criado o Serviço de Hepatologia da Santa Casa do Rio de Janeiro, unidade pioneira em doenças do fígado no Brasil. Com esse serviço, Figueiredo Mendes pode dedicar-se integralmente às hepatopatias, criando um centro irradiador de conhecimentos e, ao mesmo tempo, integrando os hepatologistas de todo o país em cursos anuais de “Hepatites”. Livros e monografias sobre os mais importantes temas da hepatologia passaram a ser produzidos quase ininterruptamente.

A produção científica do Rio de Janeiro sofreu leve declínio na década de 80. Entre outros motivos, parecem ter concorrido a transferência das atividades assistenciais da UFRJ para o Hospital do Fundão e a morte prematura de Jorge Toledo, organizador do Congresso Brasileiro de 1979. Foi, entretanto, uma época em que Fernando Guerra Alvariz, anteriormente no Hospital de Bonsucesso e posteriormente na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, mantinha permanente interesse pelas doenças do fígado, e o Serviço de Figueiredo Mendes, na Santa Casa, desenvolvia seus cursos e intensa atividade assistencial.

A criação e evolução do Grupo de Fígado do Rio de Janeiro (GFRJ)

A ideia da criação do Grupo de Fígado amadureceu durante a realização do Congresso Brasileiro de Hepatologia de 1991, em Foz do Iguaçu. O Rio de Janeiro, berço da hepatologia nacional e da própria Sociedade Brasileira de Hepatologia, trazia modesta contribuição àquele conclave. Em 27 de junho de 1991, assinaram a Ata de Fundação do GFRJ, já no Rio de Janeiro, os seguintes hepatologistas: Ana Maria Pittella de Souza Leite, Carlos Eduardo Brandão Mello, Eduardo Joaquim Castro, Fernando Wendhausen Portella, Henrique Sérgio Moraes Coelho, João Luiz Hauer, João Luiz Pereira, Paulo de Tarso Aparecida Pinto, Pedro Paulo Franco Mexas e Silvando Barbalho Rodrigues. A esses Membros Fundadores, vieram juntar-se aqueles que participaram das cinco primeiras reuniões do Grupo, a saber: Francesco Agoglia, Joaquim Ribeiro Filho, Jorge André de Segadas Soares, Leticia Cancella Nabuco, Sílvio José Martins e Vera Lúcia Pannain, também alçados à condição de Membros Titulares.

Desde a sua fundação, o Grupo de Fígado tem trilhado um caminho de expressivas realizações. As Semanas de Fígado, iniciadas em 1992 e realizadas anualmente, têm sido o marco central das sucessivas administrações, culminando com a edição atual, comemorativa dos 30 anos (XXX Semana de Fígado do RJ). Reuniões científicas mensais, ao lado de reuniões administrativas de cada Diretoria, permitem o encontro frequente dos hepatologistas do Rio de Janeiro, garantindo o contato estimulante e uma atualização científica constante.

Em 1996, o Grupo de Fígado conseguiu um local permanente para suas reuniões, inicialmente realizadas no Centro Médico Sorocaba. Divide com a Associação de Gastroenterologia do Rio de Janeiro, através de sublocação, uma sede permanente em Copacabana, inaugurada em 19/08/1996, à Rua Siqueira Campos 93, onde a grande maioria de suas reuniões científicas e administrativas tem-se realizado nas últimas décadas. Nesse mesmo ano, em 14 de junho de 1996, o Grupo de Fígado, associado à AGRJ, assinou com o Secretário de Estado de Saúde, Dr. Antônio Luiz Medina, um protocolo de intenções para o diagnóstico e tratamento das hepatites crônicas B e C, seguindo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Hepatologia. Este protocolo foi o embrião da Câmara Técnica Assessora de Hepatites, fundada no ano 2000, que, obedecendo ao Programa Estadual de Hepatites Virais, tem-se dedicado ao apoio dos centros interessados. Fiocruz, HCE, Santa Casa do RJ, HFSE, HFL, HFI, HFB, UFF, UFRJ, UNIRIO E UERJ têm participado da Câmara Técnica, atualmente coordenada por Clarice Gdalevici.

A partir de 1999, o GFRJ, até então divulgando suas atividades através de esporádicos boletins, passou a compartilhar com a 8a Enfermaria da Santa Casa a edição da Moderna Hepatologia. Eduardo Joaquim Castro e Cláudio Gusmão de Figueiredo Mendes tem-se responsabilizado pela revista, em registro ISSN desde 2008. Atualizações monotemáticas, teses, Syllabus das Semanas de Fígado e os mais variados temas de interesse em hepatologia são abordados em suas edições. Nos últimos anos, Ana Carolina Cardoso e Flavia Fernandes se juntaram à equipe responsável pela revista.

Um marco especial na história do GFRJ foi a instituição do Curso Anual de Aperfeiçoamento em Hepatologia por 14 anos (2000 a 2014) com aulas noturnas semanais na sede em Copacabana. Inicialmente com Carlos Eduardo Brandão Mello e Eduardo Joaquim Castro, continuou com a colaboração de João Luiz Hauer no lugar de Brandão Mello e, posteriormente com a participação de Cláudio Figueiredo Mendes, Ricardo Cerqueira Alvariz, Carlos Antônio Terra Filho e, por último, Flávia Ferreira Fernandes e Gustavo Henrique Pereira.

A criação do Grupo de Fígado do Rio de Janeiro trouxe consigo algumas consequências importantes. A iniciativa pioneira pode ter estimulado o surgimento de outros grupos em nosso país, como as associações para o estudo do fígado no Rio Grande do Sul e Ceará, além de outros mais recentes. Dois congressos brasileiros foram realizados no Rio de Janeiro após sua fundação, o de 1999, organizado por este relator, e o de 2013, organizado por Henrique Sérgio Moraes Coelho. Em 2021, caberá a Carlos Eduardo Brandão Mello realizar novamente no Rio de Janeiro o XXVI Congresso Brasileiro de Hepatologia

Neste mesmo período, Joaquim Ribeiro Filho iniciou os transplantes de fígado no Rio de Janeiro (1993), sendo pioneiro de uma escola em que mais tarde se destacaram Lúcio Filgueiras Pacheco Moreira, Marcelo Enne, Alexandre Cerqueira, Eduardo de Souza Martins Fernandes, José Manuel Martinho e Gustavo Stoduto. A área de transplantes cedo se beneficiou da contribuição clínica de Samanta Teixeira Basto, Elizabeth Balbi e Claudia Sousa, mais recentemente, da participação de Anderson Brito, Ubiratan Cassano, Vivian Rotman e Fernanda Gdalevici.

A produção científica do Rio de Janeiro voltou a apresentar destaque no cenário brasileiro, destacando-se a “Escola do Fundão” da UFRJ, liderada por Henrique Sérgio M. Coelho, com a valiosa participação de Jorge A. Segadas Soares, Letícia Cancella Nabuco, Silvio Martins, Cristiane Alves Villela-Nogueira, Nathalie Carvalho Leite, Renata de Mello Perez, Maria Chiara Chindamo, Guilherme Ferreira da Motta Rezende e Ana Lúcia Ramos, entre outros colaboradores. A esse grupo vieram juntar-se Vivian Rotman, João Marcello de Araújo Neto, Fernanda Luiza Valladares Calçado, Ana Carolina Cardoso, Cibele Franz e mais recentemente Ubiratan Cassiano, Camila Cecconelo, Ivan Zyngier , Juliana Carvalho e Natália Balaciano.

Presente e participativo na UFRJ, mas também na UNIRIO, Brandão-Mello distinguiu-se por valiosa produção científica, que lhe valeu como importante subsídio para ingresso na Academia Nacional de Medicina. A contribuição da UFRJ para a hepatologia tem-se traduzido por expressiva criação de teses de Mestrado e Doutorado, ao lado de permanente e volumosa produção de trabalhos científicos, apresentados nos diversos congressos da especialidade.

No setor da produção acadêmica, devemos ressaltar a crescente contribuição da UERJ, através das atividades da finada Fátima Aparecida Figueiredo e de Ricardo Cerqueira Alvariz, Renata de Mello Perez e Carlos Terra Filho, com a mais recente colaboração de Marcelo de Souza Chagas e André Luiz Moreira Torres. Na UNIRIO, Brandão Mello conta com a colaboração de Márcia Maria Amêndola, Alessandra Maciel, Cibele Franz e Roberta Celles Soares. Na UFF, Eliane Bordalo Cathalá Esberard foi responsável por permanente atividade didática em hepatologia, complementada por assistência clínica no Hospital Universitário Antônio Pedro. Nessa Escola, a presença de Luciana Agoglia, Priscila Pollo Flores, Rodrigo Pereira Luz e Thais Guaraná contribuíram para uma saudável renovação. A mesma renovação pode ser vista na Uerj, com André Luiz Moreira Torres, e no HFAG, com Fábio Alexandre Escobar e no Hospital da Piedade com Mauren Machado.

Nesta avaliação dos 30 anos do Grupo de Fígado, devemos ressaltar o trabalho desenvolvido por João Luiz Pereira, falecido prematuramente em 01/04/2018, e Paulo de Tarso A. Pinto, à frente dos Serviços de Gastro-Hepatologia, no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) e no Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), respectivamente. Com especial dedicação às doenças do fígado, ambos deram importante contribuição para a formação de jovens especialistas, garantindo permanente produção científica nesses hospitais federais. Gustavo Henrique Pereira, substituto de João Luiz Pereira, mantém profundo interesse nas doenças do fígado em seu Serviço, auxiliado por Flávia Fernandes e Emília Oham Ahmed, contando também com a colaboração de Zulane Tavares Veiga, Joyce Roma, Camila Barreto, Juliana Piedade, Cristiane Barreto e Maricarmen Covelo. No HFSE, após a aposentadoria de Silvando Barbalho Rodrigues, Paulo de Tarso assumiu a chefia do Serviço de Gastro-Hepatologia em 2007, contando atualmente com a colaboração de Bernardo Junger de Carvalho (atual presidente da Associação de Gastroenterologia do Rio de Janeiro), Cássia Regina Guedes Leal, Eliane Almeida do Valle, Cibele Franz e Mariana Castilhos. Ressalte-se a importante contribuição ao Serviço de Vera Lúcia França Corrêa e Letícia Cancella Nabuco na incansável jornada da assistência aos pacientes e também da qualidade na formação dos residentes. Ainda no Hospital dos Servidores, com interesse em hepatologia, se encontram Mariana Dottori e Maria Fernanda Capellão.

Igual reconhecimento é devido ao trabalho de Ana Maria Pittella de Souza Leite, oriunda da Escola de T. Figueiredo Mendes, atualmente à frente de um importante Setor de Hepatologia no Hospital Quinta D´Or e Coordenadora da Hepatologia D’Or- Brasil. Dra Ana Pittella exerce atividades docentes na UNIGRANRIO, sendo assistida por Gilberto de Almeida Silva Júnior (Mestrado na Universidade de Barcelona) e Gabrielle Gonçalves de Novaes. Milton dos Reis Arantes, antigo Professor Adjunto da UFRJ, com doutorado na Inglaterra e atual Chefe das 4ª e 20ª Enfermarias da Santa Casa, desenvolve permanente atividade didática em seu Serviço de Gastro-Hepatologia. A 8ª Enfermaria da Santa Casa mantém suas atividades didáticas sob o comando de Cláudio Figueiredo Mendes. No Hospital Federal da Lagoa, a atividade hepatológica se distribui predominantemente nos ambulatórios de “Hepatites”, coordenados por Armando Palladino, até sua recente aposentadoria, e de “Cirroses”, sob os cuidados de Carlos Terra Filho. Trabalham ainda em hepatologia Marcelo de Souza Chagas, Roberta Celles Soares, Andréa Paranhos de Araújo e Marcos Byrro Ribeiro.

Na história da Hepatologia do Rio de Janeiro e do Grupo de Fígado cabe um lugar especial para o Instituto Oswaldo Cruz – Fiocruz. Intensa atividade de pesquisa e constante interesse nas hepatites virais criaram intercambio com diversos centros e geraram vasta produção de teses e trabalhos científicos. Particular referência deve ser feita ao estreito relacionamento da Fiocruz com o HFB, com frequente e valiosa troca de colaboração em pesquisa laboratorial e assistência clínica. Os nomes de Hermann Shatzmayr, já falecido, e de Clara Yoshida, ligados aos primeiros anos do Grupo de Fígado, tiveram seguimento com Elizabeth Lampe e Lia Laura Lewis Ximenez de Souza Rodrigues, com importante dedicação ao estudo das hepatites. Um reforço importante foi trazido a essa instituição com a chegada mais recente de Hugo Perazzo Pedroso Barbosa, pesquisador no Serviço de Thierry Poynard, em Paris (Groupe Hospitalier Pitié-Salpêtrière), também dedicado ao estudo da elastografia hepática transitória.

O crescimento do Grupo de Fígado tem-se baseado no constante aperfeiçoamento de seus integrantes, muitas vezes através de intercambio com importantes escolas no Brasil e no exterior. Carlos Eduardo Brandão Mello, Fátima Figueiredo, Renata M. Perez, Cláudio G. Figueiredo Mendes e Ricardo C. Alvariz estagiaram e desenvolveram teses na Escola Paulista de Medicina, sob a orientação dos professores Maria Lúcia Gomes Ferraz, Antônio Eduardo Benedito da Silva e Edison Roberto Parise. No Hospital Clinic de Barcelona, orientados por Vicente Arroyo e Pere Ginès, estagiaram com grande aproveitamento Carlos Terra Filho, Gustavo Henrique Pereira e André Nogueira Nazar. Não menos importante é a contribuição de Ana Carolina Cardoso de Figueiredo Mendes que, após prolongada especialização com Patrick Marcellin, no Hôpital Beaujon, em Clichy, produziu diversos trabalhos e trouxe importante contribuição ao estudo da elastografia hepática transitória. Guilherme Rezende, preparando-se para sua atividade docente na UFRJ, desenvolveu Tese de Doutorado no Serviço de Jean-Pierre Benhamou, em Paris, complementada, mais tarde, com Pós-Doutorado em Edimburgo.

O Grupo de Fígado, ao longo desses 30 anos, tem-se beneficiado da contribuição de diversas especialidades. Assim, na histopatologia, João Lobato dos Santos, Carlos Alberto Basílio, Pedro Paulo Mexas, Vera Lúcia Pannain, Adriana Caroli-Bottino, Geisa Bigi e Carlos Frederico Campos tem sido chamados com frequência para participar do diagnóstico. Nos exames de imagem, entre outros notáveis colegas, temos tido a contribuição de Vânia Cristina  Nunes, Alice Junqueira Moll, Célia Rezende e Felipe d´Almeida e Silva (ultrassonografia), Antônio Luiz Eiras de Araújo, Jaime Araújo de Oliveira Neto, Daniela Braz, Tatiana Barbassa, Guilherme Cunha (TC e RM), Feliciano Azevedo, Amarino de Oliveira Júnior, Henrique Salas Martin, José Hugo Luz, Raphael Braz e Diogo Aquino (radiologia invasiva). Na tentativa de expandir a sua área de atividade, o Grupo de Fígado tem estimulado o intercambio com centros do interior do Estado. Nos últimos anos, as gestões de Carlos Terra Filho e Armando Palladino conseguiram materializar os primeiros encontros Minas-Rio, realizados com a colaboração de Aécio Flávio Meirelles de Souza, da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Inovações e desafios futuros   

Em 2017, Cristiane Alves Villela-Nogueira, atual Professora Titular de Hepatologia da UFRJ, pesquisadora e orientadora de grande número de teses de mestrado e doutorado, foi a primeira mulher eleita para a presidência do Grupo de Fígado. Em sequência, em 2019, Maria Chiara Chindamo assumiu a presidência, enfrentando grandes desafios decorrentes da pandemia da COVID 19. Obrigada a inovar em reuniões administrativas e científicas, transformou as últimas duas edições da Semana de Fígado em eventos remotos, “on-line”. Maria Chiara é também Coordenadora da Clínica Médica e responsável pela hepatologia do Hospital Barra D’Or, com a assistência de Fernanda Pozzobon.

Ao terminar esse breve histórico da Hepatologia no Rio de Janeiro, desde os seus primórdios até os dias atuais, passando pelo nascimento e crescimento do Grupo de Fígado, gostaria de deixar uma mensagem de otimismo para o futuro, baseada na convicção de que o firme desejo de união dos hepatologistas, superando eventuais e invitáveis diferenças de opinião e de conduta, tem sido a razão de nosso sucesso como comunidade científica e motivo suficiente para um permanente e alegre convívio fraternal.

Fernando Wendhausen Portella
Fundador e Primeiro Presidente do Grupo de Fígado do Rio de Janeiro (1991-1993)
Presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia (1997-1999)
Research-Fellow do Royal Free Hospital de Londres (Dame Sheila Sherlock, 1969-1971)