A XXXI Semana de Fígado do Rio de Janeiro foi realizada de 1º a 3 de junho de 2022, no Sheraton Grand Rio Hotel & Resort.
“Esse evento marca a união de todos os serviços que prestam assistência às doenças no fígado no Estado do Rio de Janeiro. É uma alegria imensa promover este encontro depois de dois anos de isolamento social devido à pandemia de Covid-19”, disse o presidente do Grupo de Fígado do Rio de Janeiro, João Marcello de Araújo Neto.
No primeiro dia, o curso se aprofundou na diversidade da medicina moderna de consultório. A mesa redonda inicial, moderada pela Dra. Emília Ahmed (HFB), trouxe as palestras da Dra. Juliana Piedade (“Motivo da consulta: esteastose ao Ultra Som. Como conduzir este paciente?), do Dr. Fabricio Braga (“Como eu oriento meu paciente a fazer exercícios físicos?”), da Dra. Claudia Cravo (“Existe uma dieta preferencial para o paciente com doença hepática gordurosa?”) e da Dra. Fernanda Calçado (“Veio para consulta com esteastose, mas é magro: como investigar e manejar este paciente?”).
A discussão da 1° mesa redonda foi conduzida pela debatedora Dra. Andreia Evangelista e contou com a participação da plateia, que pôde fazer perguntas.
Na sequência, foi realizada a Conferência: “Estratégias para promover mudança do estilo de vida: a visão da medicina do estilo de vida”. O Presidente foi o Dr. Francesco Agoglia e a conferencista foi a Dra. Ana Cláudia Oliveira (SP).
Uma das novidades desta edição da Semana de Fígado do Rio de Janeiro foi de, neste primeiro dia, ocorrer durante os coffee-breaks apresentações de artistas circenses para conscientização sobre a importância da testagem para detectar e tratar portadores das hepatites virais.
Após o coffee-break, foi realizada mais uma mesa redonda, desta vez sob a moderação do Dr. Armando Palladino. Os palestrantes foram: Dr. Anderson Brito (“Avaliação de massa óssea e pesquisa de sarcopenia”), Dra. Priscilla Pollo Flores (“Tudo que eu preciso saber sobre uso de estatinas na cirrose”), Dra. Fernanda Gdalevici (“Vacinação na cirrose”) e Dra. Luciana Agoglia (“Meu paciente será imunossuprimido, o que o hepatologista precisa saber?”). Após as apresentações, um debate com todos os convidados foi conduzido pelo Dr. Eduardo Sicca.
A Conferência seguinte tratou o tema “Tudo que o hepatologista precisa saber sobre sua suplementação no paciente não atleta.” A convidada a presidir foi a Dra. Joyce Roma. O conferencista foi o Dr. Ricardo Oliveira.
A seguir, ocorreu o Simpósio Satélite “Hospital CHN (DASA)- Casos difíceis para o hepatologista em 2022: a importância da equipe hepatobiliar multidisciplinar”. Os participantes foram: Dr. Rodrigo Luz, Dra. Vivian Rotman, Dr. Marcelo Enne e Dr. Hugo Gouveia.
Na sequência, de forma remota, foi realizada uma conferência internacional sobre um tema muito relevante para o futuro: a cirurgia robótica do fígado. Da Inglaterra, falou o Dr. Luciano Beltrão Pereira (PE). Ele apresentou o palestrante, Dr. Fabrizio Di Benedetto, que falou da Itália, da Universidade de Modena e Reggio Emilia.
Já a terceira mesa redonda do dia contou com a moderação do Dr. Cláudio Figueiredo Mendes. Os palestrantes foram: Dra. Ana Carolina Cardoso (“Elastografia Hepática em MAFLD na rotina do consultório”), Dr. Guilherme Rezende (“Quando usar a medida do gradiente portal?”), Dra. Cibele Franz (“Testes genéticos para colestase: quando e como usar?”) e Dra. Adriana Bottino (“Atualização em patologia hepática”).
Ao final das apresentações, uma discussão conjunta foi conduzida pelo debatedor, Dr. Fábio Escobar. Houve participação da plateia com perguntas aos palestrantes.
Após o intervalo da tarde foi realizada a “Conferência: Tudo que o hepatologista precisa saber sobre cuidados paliativos”. A Dra. Fernanda Couto presidiu a conferência, que foi apresentada pela Dra. Maria Chiara Chindamo.
Na sequência, a Dra. Luciana Agoglia, subiu ao palco, em nome da diretoria do GFRJ, para prestar uma singela homenagem ao Dr. Eduardo Joaquim Castro, membro fundador do Grupo de Fígado do Rio de Janeiro, e que participou ativamente como membro de diretorias e presidente durante um biênio.
“A Diretoria do GFRJ tem a intenção de homenagear pessoas que construíram o Grupo de Fígado do Rio de Janeiro e que trabalharam durante anos para que pudéssemos estar hoje participando da 31° edição, um evento já consagrado e respeitado na hepatologia nacional. Dr. Eduardo entrou para o Hospital Central do Exército na década de 70, onde fundou o Serviço de Gastroenterologia e Hepatologia e foi chefe durante mais de 20 anos. Também neste hospital foi responsável pelo ambulatório de Hepatologia, sendo referência no Exército para esta especialidade e para a realização de biópsias hepáticas. Foi também Gastroenterologista na Casa de Portugal e em seu consultório privado, além de presidente da Associação de Gastroenterologia do Rio de Janeiro. Ainda foi responsável, desde 1999, pela elaboração semestral da Revista Moderna Hepatologia”, recordou Dra. Luciana Agoglia.
A homenagem contou com a exibição de fotos da trajetória do Dr. Eduardo, seguida da entrega de uma placa de agradecimento por toda a contribuição de uma vida à hepatologia carioca.
A última mesa-redonda do dia contou com o Dr. Paulo de Tarso Aparecida Pinto, como moderador, e as seguintes palestras: “A hepatologia no SUS” (Dra. Clarice Gdalevici), “Aumento isolado de GGT: como investigar” (Dra. Maria Lúcia Gomes Ferraz -SP), “O que o hepatologista precisa saber sobre o uso de hormônios: THM, testosterona e o chip da beleza” (Dra. Karen de Marca), “O que pode e o que não pode nas mídias digitais” (Dra. Rosamar Rezende). A discussão final foi conduzida pela Dra. Andreia Paranhos Araújo.
O primeiro dia da XXXI Semana de Fígado terminou com um coquetel ao som da Banda DuoDeno, formada pelos médicos do Rio de Janeiro: Luiz Artur Juruena, Fernando Guigon (gastroenterologistas), Ricardo Amorim (clínico e intensivista) e Evandro Coutinho (epidemiologista). Os participantes aproveitaram o momento para se confraternizarem ao som dos Beatles.
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